Luiz Carlos Prates
Ninguém vive sem esperanças, ninguém. Pode ser quem for, tiver o dinheiro que tiver, a saúde do Tarzan, o poder de Nero, o imperador romano, pode ser a Miss Mundo ou o Mister Universo, ele ou ela terá esperanças. Esperança de alguma coisa ou de muitas. Aliás, se me pedissem um sinônimo para “vida” eu daria de imediato este: esperança. Dou estas voltas em razão de ter acabado de ler uma frase prosaica, nada de especial, mas... Será mesmo que nada de especial? Ouça a dita frase: - “É bem melhor não jogar o destino ao futuro, mas sim aproveitar as coisas enquanto acontecem”. Trocada essa frase pela velha sabedoria grega, vale dizer: viva o aqui e agora, não jogue seu destino para o futuro. Nossas esperanças nascem no aqui e agora. E só podem viver no aqui e agora. Esperança (quem não sabe?) é a última que morre. Morreu a esperança, morreu a vida. Ademais, se tenho esperanças como destino futuro, preciso viver o aqui e agora de modo produtivo, plantando, aqui e agora, para o futuro. Futuro é também sinônimo de esperança. Quem tem esperança sobre alguma coisa não pode ficar sentado esperando que o carteiro da vida bata à porta para entregar a esperança em forma de realidade. Impossível. É preciso construir o destino, o destino que nos é possível como seres humanos e sociais. Quando fazemos hoje a nossa parte, seja no que for, estamos construindo o “destino”, o amanhã. Então, essa história de não lutar contra o desconhecido, o tal de destino, também conhecido como futuro é um mau conselho. Temos que fazer hoje o que nos cabe para poder esperar com maior “certeza” o futuro que desenhamos, esse futuro é também a figurinha verde que atende pelo nome de esperança. Quem espera não alcança, dizia o compositor Geraldo Vandré, mas dizia de outro modo, dizia que – “Esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer”... Lembrando Vandré tenho esperança de que um dia o Brasil volte a ter compositores desse tipo, inteligentes, com letras e músicas que nos mudam a vida. Tempos idos, ô! Os tempos de hoje são de matar as nossas melhores esperanças, mas... Elas não morrem, não podem morrer, sem elas fecham-se as cortinas da vida. Vou lá fora, ver se acho uma “esperancinha”...
Repetição
Sim, já que falei em esperança aí em cima, volto a lembrar que a ninguém é dado o direito de tirar a esperança. Um brasileiro, dia destes, sofreu um acidente num galpão de ginástica. Coisa séria. A imprensa e os toscos dizendo que o acidentado não tem mais que 1% de chances de voltar a andar. Mesmo que esse “diagnóstico” seja verdadeiro, ninguém deve ter o topete de dizer isso, seja qual for a gravidade do caso ou da doença. Desmiolados.
Velas
Qual o significado de uma vela acesa? Num primeiro caso, iluminação. Faltou luz, acendemos a vela. Quando a luz volta, assopramos a vela, a “matamos”. Sou muito cismado com a história de soprar “velinhas” em aniversários. Aniversário é vida, ou não? Se é vida e a vela acesa é sinônimo de vida ardente, atiçada, por que apagá-la nas festinhas de aniversário? Baita ignorância.
Falta Dizer
Nenhuma novidade. Lá e cá, iguais, machinhos se achando e mandando... A Federação Espanhola de Futebol fez o mínimo possível, e de má vontade, pela seleção nacional feminina. As gurias ganharam o mundial, mas deixaram muito claro, “elas” ganharam, não a Federação. Tomem, pintos-caídos!
Comments