top of page
Foto do escritorLuiz Carlos Prates

Tempos doentios

Luiz Carlos Prates


Somos bichos sociais, precisamos de pessoas por perto, amigos, colegas, parentes, gente, enfim... No passado essa vida social era muito benéfica a todos e de modo especial aos mais velhos, cidades menores e famílias maiores. Hoje as coisas se tornaram difíceis, vida em sociedade passou a ser sinônimo de competição, de invejas nada disfarçadas, ódios escancarados, suicídios ou suicídios simbólicos. Já disse que no passado morávamos em cidades pequenas, todos se conheciam, parentes por perto, vivíamos numa “cidadezinha” nossa. Hoje, como ninguém mais se conhece no cara a cara, como no caso de quem mora em prédios de apartamentos, a mentira passou a ser a plantonista das pessoas. Está ficando insuportável ver e saber todos os dias de loucuras, insanidades graves por que estão passando pessoas de todas as idades, gente dita “famosa”, pessoas que deviam estar na “ponta dos cascos” para viver a vida, mas que estão se arrastando emocionalmente. E isso sem falar nos suicídios escancarados de jovens, suicídios que não foram movidos pela fome ou pela miséria, nada disso, gente que vivia de modo folgado. Dia destes, um conhecido me perguntou se eu tinha algum vício... Revirei os olhos procurando e disse que não, vício não tenho... Pelo menos é o que penso. Quando me caiu a ficha, sim, tenho um vício, um vício de que não me posso livrar, infelizmente. Qual é o vício? Sair cedo cama para o “garimpo” das notícias, das novidades. E encontro as novidades por que saio a procurar? Novidades mesmo, nada. Só repetições cansativas ou acréscimos a exibições, loucuras e incompetências de todo tipo. Se a pessoa não tiver um mínimo de controle e desapego das estupidezes que andam por aí, muitas com os carimbos de “autoridades” e “oficiais”, babaus, vai acabar num sanatório. Faço o que faço por força da profissão e da cidadania, não fosse por isso, bah, estaria olhando para as nuvens, um livro na mão, um chimarrão na outra e a cabeça pensando em viver. Viver. Sim, Prates, mas não há saída para essas encrencas do cotidiano das mentiras e das exibições insanas? Claro que há: encontrar um propósito saudável na vida e sorrir para os idiotas que vivem pregados na cruz das mentiras sociais...


Desafios

Milhões de desempregados no Brasil, certo? Mas o desempregado capaz, obstinado por um emprego vai desistir? Vai nada, quem desiste é o frouxo, o que não se garante, o que quer apenas salário. E esses tipos merecem o desemprego. Mas quem estuda, qualifica-se, busca crescer no que faz, obstina-se na certeza de que tudo é possível ao que crê não fica desempregado, ah, não fica. Que as nulidades acordem!


Casamentos

Incrível como os tempos mudaram, e mudaram basicamente porque a vergonha entrou em extinção e a pressa assumiu o governo. Casamentos eram para a vida toda, eram. Hoje é um descaro atrás do outro, um casa-descasa como quem troca de calcinha ou cueca. Crasso engano de quem pensa que fazendo isso, casando e já pensando em descasar, vai ser feliz. Vem daí a importância de não ter pressa e observar fundamente ele ou ela antes do “acidente”. Sem pressa, mais feliz o casamento. Perco tempo...




Falta Dizer

O povo leviano se trai nos detalhes. Desde quando um ingresso de R$ 900,00, o mais barato, para um show merreca é detalhe? Um camarote vendido a R$ 6.000,00 é detalhe? E tudo num calor de 50° para ver uma cantora que nós temos por aqui em todas as esquinas... Povinho, povinho que reclama dos horários do Enem...

135 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Opmerkingen


bottom of page