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Foto do escritorDr. Raphael Lopes

Tecnologia da Copa

Disrupção: Tudo com Raphael Rocha Lopes



“♫ Bola na trave não altera o placar/ Bola na área sem ninguém pra cabecear/ Bola na rede pra fazer o gol/ Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?/ O meio campo é lugar dos craques/ Que vão levando o time todo pro ataque/ O centroavante, o mais importante/ Que emocionante, é uma partida de futebol!” (É uma partida de futebol, Skank).


Não tenho a mínima ideia do percentual, mas muitas crianças sonham em ser jogadoras da seleção e participar de uma Copa do Mundo. Quando era moleque, em época de Copa, nos jogos dos campinhos da rua, todo mundo tinha o seu jogador preferido. Tudo bem que na minha infância, os jogadores eram Zico, Falcão, Júnior, Leandro, Eder, Sócrates...


Hoje em dia, com cada vez menos “campinhos da rua” e cada vez mais campeonatos online, e sem filhos nessa idade, não sei dizer qual é e se existe motivação da garotada para assistir os jogos da Copa. O fato é que a tecnologia daqueles anos para agora mudou completamente.


O Grande Irmão te observa


Em Copas, o VAR entrou em campo na de 2018, na Rússia. Agora ele está mais avançado – pelo menos é o que diz a FIFA. A maior dor de cabeça tanto para jogadores quanto para torcedores, no que se refere ao VAR, é o tal impedimento (que eu, particularmente, penso que deveria ser abolido). Agora, a FIFA garante que a resposta virá em apenas 25 segundos, com 12 câmeras captando 29 partes do corpo de cada jogador 50 vezes por segundo!! Nem o Big Brother sonhou tão alto!

Al Rihla, a bola da Copa, também terá um sensor para facilitar a vida dos árbitros, que emitirá sua posição no campo 500 vezes por segundo. As duas tecnologias combinadas e associadas à inteligência artificial, prevê a FIFA, aumentarão a precisão e velocidade das respostas.


Tecnologias extracampo


Fora das quatro linhas também há muita tecnologia. Catar é um país muito quente, razão, inclusive, da alteração da tradicional época da Copa para novembro. Por causa disso, os estádios terão jatos de ar frio lançados sobre o campo e por baixo das cadeiras, mantendo a temperatura em torno de 21° C.


Outra curiosidade é o Estádio 974: totalmente desmontável. Ele foi construído com 974 contêineres de metal e estruturas modulares de aço. Esse também é o número do código telefônico do país.


Ainda por causa do calor, haverá diversos ElPalm pelo país, estações de sombreamento que aproveitarão as energias do vento e do sol para gerar energia para carregadores e wi-fi, além de possuírem autofalantes transmitindo informações da Copa.


Pensando na inclusão, na Copa do Catar haverá salas de visualização sensorial para torcedores com problemas de processamento sensorial ou autismo, e que contará com ferramentas para diminuir inquietação e manter o ambiente calmo.


Por fim, talvez a mais interessante das inovações que estarão no Catar: o Bonocle. O dispositivo foi desenvolvido por cientistas cataris e é voltado a deficientes visuais. Conectado a smartphones, ele vai converter conteúdo digital para o braile, permitindo que pessoas com essa deficiência entendam o conteúdo pelo sistema de escrita tátil.


É o tipo de tecnologia que tem inúmeras outras utilidades e que contribuirá em diversos aspectos e campos e talvez seja o maior legado dessa Copa cercada por tantas polêmicas dado o histórico de problemas de direitos humanos do país sede.



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