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Sei por mim

Luiz Carlos Prates


Já disse aqui que por 25 anos narrei futebol, no Brasil e no mundo, numa época em que não se mentia para os ouvintes, não havia a encenada narração dos estúdios... Hoje narram dos estúdios para economizar, narrações “fakes”... Durante esses anos de narrador, estive em lugares inesquecíveis, tanto em bons e confortáveis estádios quanto em “chiqueiros” ditos estádios. Nunca senti nesses anos todos como narrador necessidade de ir ao banheiro, e eram jornadas longas, muitas horas. Nunca me senti “apertado”, e isso vale até hoje quando saio para palestras. Nunca bebi água durante as narrações e não sinto necessidade durante as palestras. Vez ou outra, por gentileza com os promotores dos eventos, faço de contas que estou com sede, não estou, é apenas gentileza. O que quero dizer com esta prosa? Quero dizer que estas minhas “virtudes” nada têm de virtudes, são simplesmente comportamentos naturais para quem está da cabeça aos pés envolvido com algum trabalho ou missão. Quando nos “entorpecemos” de motivação e entusiasmo por algo não vemos o tempo passar, não sentimentos fome, sede e menos ainda vontade de ir ao banheiro. Aliás, ao longo da minha carreira com apresentador de rádio, nos estúdios, entrevistei vários pianistas de ponta, daqueles de concertos em Paris... Nenhum deles me disse que num certo dia e durante o concerto sentiu vontade disto ou daquilo, nada, concentração e motivação absolutas no teclado. Já fui longe, agora vou ao que me motivou esta conversa, a fome. Fome é princípio natural nos bichos, questão de sobrevivência. A fome física é natural, nada a comentar. Mas e a fome psicológica, aquela que nos leva à geladeira a toda hora? Essa fome vem de uma necessidade não preenchida na vida emocional, vem da ansiedade e precisa ser compensada com a melhor das recompensas: uma comida gratificante. Esse processo começa ao nascermos, no período de molde, quando nos oferecem docinhos, chocolatinhos para nos agradar. Comer o de que gostamos é o melhor de todos os ansiolíticos, mas... Tem preço alto. Fique bem claro, ninguém sente essa fome psicológica quando está numa boa. Agora me diga, e quem é que vive numa boa? A melhor dieta é feita naturalmente quando estamos felizes. Xi, estou com sobrepeso, preciso voltar a narrar. As narrações me anestesiavam as “fomes”...


Verdade

Mensagem do meu horóscopo, mera mensagem, nada de presságio... Serve para você, ouça: - “A lei é o último refúgio da civilização, se ela for transgredida o tempo todo e se a transgressão se tornar moeda corrente dos relacionamentos, então a civilização está perdida. Faça a sua parte para isso não acontecer”. Mandar essa mensagem para os safados que sentados sobre algum “poder” apenas se locupletam sobrepassando as leis. Muitíssimos.


Roubos

Todos os dias, aqui, ali ou acolá, um safado entra num supermercado e rouba (os beatos dizem furta) alguma coisa. Quando rouba carne é carne de primeira, filé daqueles... Ou então rouba bebidas, bolachas, shampoos, coisas “menores”. E nunca falta quem defenda esses ladrões dizendo que eles praticaram “furto famélico”, roubaram porque estão desempregados e a família precisando comer. E por que os ladrões não trabalham? Ferro nesses tipos, quem hoje rouba um ovo amanhã roubará um camelo.




Falta Dizer

Gostaria, mas gostaria mesmo, de ouvir e de saber da reação desses que defendem o “furto famélico” se quem fosse roubada fosse a mãe deles ou o pai, num supermercado da família, ah, gostaria. Ou a linha reta da lei é para todos e por igual ou... Cuidado! De “beatos” andamos até aqui...!

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