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Foto do escritorLuiz Carlos Prates

Quem procura acha

Luiz Carlos Prates



Muita gente quando se vê só e suspirando por um amor sai por aí a procurar por esse amor. Quem faz isso acaba se danando. E por que se danando? Simplesmente porque amor não se procura, amor acontece. Quando saímos a procurar por uma namorada, por um namorado, o procurador acaba achando o que procurava. E por quê? Porque a predisposição para achar um parceiro, parceira, acaba alterando a percepção, a pessoa acaba vendo beleza e virtudes em quem quer que lhe tenha cruzado pelo caminho durante a procura... Quem procura acha. Não é isso o que diz o ditado? Acha uma ova, engana-se, isso sim. Há pouco estava ouvindo rádio, sem prestar muita atenção... De repente, o cara que cantava fez uma frase que me chegou às antenas dos ouvidos. Ele dizia, cantando: “Já faz tempo que eu procuro por você...”. Uma frase musical, poética; infelizmente não sei quem é o cantor e menos ainda o nome da música, as rádios não dão mais essas informações. Então é isso – “Já faz tempo que eu procuro por você”. Sou contra a procura amorosa pela singela razão, já disse, de que amor não se procura, acontece. Acontece num esbarrão na saída da farmácia ou num velório de muitas lágrimas... Pode acontecer. E quando dizemos que quem procura acha, acha o que está na cabeça, no subconsciente, acha aquilo que já se alicerçava na predisposição para achar. E já cansei de dizer aqui que a predisposição nos altera a percepção, vemos o que queremos ver. O amor procurado é uma fria. – Ah, já ia esquecendo. Nessa mesma música, o cantor suspirava: - “Eu só quero o que eu mereço...”. Outra provocação. Eu, para mim mesmo, mereço o trono de Roma. Será mesmo que mereço? Sem um agudo senso de realidade, de valores e adequações, sim, eu mereço tudo com que sonho, mas... Mereço? Eu gostaria de conhecer alguém que dissesse sobre si mesmo, - Ah, eu não a mereço! Falando de uma mulher desejada. Ou ela, falando de um homem desejado. Nós somos o egoísmo bípede, andamos por aí fingindo desprendimentos e sinceridades, todavia... Por dentro somos crianças mimadas, queremos e merecemos tudo.


Cozinha

Sentei para o chimarrão. Liguei a tevê e circulei pelos canais. Num deles, uma cozinheira (ou seria chef?) mexia nas panelas e falava do que ela estava fazendo, só que... Sem máscara. – Ah, mas era um programa de tevê! Não interessa, quem cozinha tem que usar máscara. Em casa, na nossa cozinha, mexeu em panelas tem que usar máscara. Falar diante de um prato ou panela sem máscara é falta de asseio e respeito pelos que vão comer depois... Ué, gente!


Posturas

Nossas posturas no ambiente de trabalho ditam o respeito que pessoas por perto vão ter ou não conosco. Assédios sexuais, por exemplo, começam com um sorrisinho, uma aproximação física quando o assediador diz alguma coisa mais perto do ouvido, aqueles índices bem claros de que aí tem, segundas intenções... Cortar na hora, numa boa, com um sorrisinho também e com uma assertividade a não deixar dúvidas. Funciona e produz sono tranquilo.


Falta dizer

Enquanto as pessoas, por maioria, não entenderem que a acumulação de dinheiro, de bens materiais de todo tipo e de exibições inúteis produzem enfado na vida, vão continuar na infelicidade. O de que precisamos é muito pouco, mas indispensável: saúde, paz, espiritualidade, família/amigos e um trabalho ou propósito apaixonante.O mais é correr atrás do vento da infelicidade.






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