Luiz Carlos Prates
Há pessoas na vida que não têm do que se queixar, mas vivem se queixando. Outras têm muito do que se queixar, mas não se queixam, lutam. Como são admiráveis essas pessoas do segundo grupo, as que vão engolindo suas dores e sofrimentos e vão ao mesmo tempo lutando, suando, acreditando mesmo que tudo é possível ao que crê. Acabei de ler uma interessante história num dos jornais que compro e leio diariamente, afinal, quero andar para frente... Vamos lá. A história que vou resumir, um exemplo para as multidões dos gemedores sem razão, tem nome. O nome da história é Patrícia Fonseca, 30 anos, paulistana. Essa guria nasceu com uma cardiopatia congênita, daquelas incapacitantes, ou fazia um transplante cardíaco ou sua vida seria um risco permanente. Ficou na fila de espera por um longo tempo, há, sim, uma fila enlouquecedora dos que esperam por uma doação de órgão. Patrícia esperou, creu e... Finalmente, uma alma iluminada deixou para ela seu coração. Coração novo, vida pela frente. E aí, a Patrícia ficou quieta? Nada, virou triatleta olímpica, nada, pedala e corre todos os dias. Que guria brava! Ela bem que podia ficar “acomodada” com a vida nova, mas não ficou. Quem tem uma ideia do que seja ser triatleta eleva ainda mais sua admiração por esse tipo de gente, pessoas que eram para viver regidas pelo medo, mas vivem regidas pela vida, pelo viver com o vento lhes batendo no rosto. Em resumo, essa a história da Patrícia. E nós aqui fora, fortes, saudáveis, com as asas da saúde para sair por aí, voando, não movemos uma palha além das nossas enfastiadas rotinas. Uma vergonha nossos gemidos sem razão... E isso quando cumprimos direitinho com os nossos deveres, isso quando não ficamos nos queixando da família, da escola, do emprego, dos governos, da mãe Joana, enfim... Tenho várias dessas histórias nos meus arquivos. Uma delas de um garoto americano, 15 anos, que teve as pernas cortadas por um trem, as duas pernas ficaram pelos trilhos. Acomodou-se? Também não, virou igualmente triatleta... Temos que pensar, Marcos 9:23 tem de fato toda razão: - Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê! Estou envergonhado!
Mulheres
No passado (no passado?) a vida das mulheres era uma danação. Elas eram “obrigadas” a casar e a ter filhos, mandamentos “religiosos”... Li há pouco, num jornal de São Paulo, a declaração de uma ginecologista, ela dizia que: - “Quanto mais anos de estudo uma mulher tem, maior a chance de ela decidir não ter filhos e investir na carreira. Há ainda as que decidem adiar a maternidade e depois acabam, por um motivo ou outro, não tendo filhos”. Acordar faz bem, gurias!
Anestesia
Anestesia numa cirurgia é indispensável, aqui fora, no cotidiano, é algo muito perigoso. A anestesia emocional, por exemplo, diante dos crescentes e absurdos feminícidios é algo odioso. Os assassinos têm que ser pegados na hora, no dia, nada de buscar razões que os possam justificar em seus crimes hediondos. A sociedade estúpida, maioria, está dando de ombros. Reação já, os brochas têm que levar o “troco” adequado, já. Não é mesmo, senhora “justiça”, com jota minúsculo?
Falta dizer
Sinto muito, mas o Dia dos Pais não é dia para igualar os desiguais. Há Pais e pais... Pai biológico qualquer machinho pode ser, mas Pai com letra maiúscula é para poucos, bem poucos. Nessa falsa igualdade do Dia dos Pais, muitos pais serão presenteados sem merecer. Mas eles sabem disso, ô, se sabem...
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