Tome Nota com Enio Alexandre
foto: Mauro Schlieck/ CVJ
Muito antes de a dengue assombrar quase todos os cantos do país, Joinville parecia solitária em seu sofrimento, sendo o epicentro das mortes e dos afetados pela doença. A situação ainda requer muita atenção. Enquanto a população clama por ação, o demorado silêncio do prefeito Adriano Silva foi muito estranho.
Adriano Silva, conhecido por sua presença ativa nas redes sociais, parecia ter encontrado uma misteriosa mudez quando se tratava da dengue. Enquanto a cidade enfrenta uma crise de saúde pública, suas postagens eram estranhamente ausentes de qualquer menção ao assunto.
Na semana passada, coube à secretária de saúde, Tânia Eberhardt, dar a notícia que todos temiam: a saúde em Joinville colapsou. Como uma figura experiente e líder da pasta, suas palavras deveriam trazer conforto e orientação. No entanto, sua declaração na comissão de saúde da Câmara de Vereadores de Joinville foi desastrosa, ao afirmar que "filinhas" de 4 a 6 horas em unidades de saúde era algo normal. Naturalizar tal absurdo e minimizar o sofrimento daqueles que esperavam por atendimento, especialmente os afligidos pela dengue, não pareceu uma boa ideia.
Mesmo com a crescente pressão, o prefeito foi blindado e afastado da calamidade que assolava o governo. Mas o silêncio de Adriano Silva não passou despercebido. Talvez tenha sido uma estratégia para proteger o prefeito de notícias ruins em ano eleitoral. Se for o caso, a decisão me pareceu equivocada.
Na dificuldade, espera-se que os líderes se ergam e ofereçam soluções. Manter-se afastado de um problema que afeta tão profundamente todos os joinvilenses não parece uma decisão sábia.
Finalmente, após uma grande pressão, o prefeito decidiu falar sobre o tema na sexta-feira(12). Ele desautorizou as declarações da secretária normalizando as "filas de até 6 horas", mas apresentou o pretexto de Eberhardt estar sob enorme pressão. No entanto, essa justificativa pareceu insuficiente diante da crise que se abate na cidade.
Em tempos de tribulação, é essencial que os líderes reconheçam suas falhas e busquem soluções. Um pedido de desculpas por parte da secretária de saúde seria um primeiro passo interessante. Quem fala em público comete erros, reconhecê-los é sempre recomendável, isso humaniza. Com tantas famílias tendo perdido entes queridos e tantas outras afetadas de alguma forma pela dengue, comparar a espera por atendimento na fila com um passeio às praias é uma ofensa à dor e ao sofrimento vivenciados pela comunidade.
Reconhecer o erro seria um sinal de grandeza. As pessoas são inteligentes, elas percebem quando há algo errado.
Seguindo a tradição dos jornalistas parciais e tendenciosos que historicamente existem em Joinville, chega mais um para engrossar a fila. Tendencioso porque fala só a parte da informação que interessa a grupos a quem, provavelmente lhe favorecem. Esquece de informar que na rede particular o tempo de espera é quase o mesmo, com as pessoas pagando os tubos para ter um plano de saúde. Esquece de informar que a saúde colapsou em todo o estado (quiçá, todo Brasil). Esquece de informar que o governo do estado esqueceu de Joinville e como diz o próprio Governador: "vai dar um calor nesse prefeito". Com certeza esta página trás as ao mundo digital mais um profissional fantoche da velha política que envergonha a profissão…
O prefeito de Joinville está sendo omisso na questão da saúde pública, a dengue assola Joinville e não vemos nenhuma tratativa para eliminar o mosquito, não se vê pela cidade passar veneno como se vê.em Chapecó ou mesmo o fumacê, além disso a secretária da saúde faz pouco caso com a fila de atendimento comparando com ida a praia e prefeito passa pano, da apoio ao invés de reprimir, enquanto isso pessoas morrendo outras sofrendo pela epidemia inchando os postos de atendimento e travando toda a saúde do município, fora Tânia incompetente.
Excelentes ponderações, Enio. Vou além: em governos sérios disparates e escorregões como o desta secretária são suficientes para o afastamento do cargo. Secretários municipais, especialmente os da Saúde, estão sob pressão o tempo todo. Isso não é justificativa. Em verdade, o prefeito nem deveria ter que afastá-la. Em nome da hombridade e respeito à sociedade joinvillense, ela própria deveria entregar o cargo. Mas parece que as pessoas na política brasileira são apegadas demais aos cargos para terem a tal hombridade, quanto mais humildade. E esse apego, pelo que está se vendo, vai da esquerda à direita. Do centrão nem precisa comentar...
Os hopitais particulares também estão lotados, foi o tempo de ser atendido rapidamente nesses locais, fiquei a tarde toda para fazer um exame de covid e ninguém me falou para colocar máscaras, eu que pedi uma quando o médico falou que podia ser covid e olha que tinha muita gente até pelos corredores da sala de medicação, que me assustei😱