Luiz Carlos Prates
Há modos de pensar que são verdadeiras poesias, não a maioria, com certeza. A maioria fica segurando a caneta diante da página em branco – página da vida – sem saber o que escrever. Mas não temos como escapar, todos nós escrevemos o livro da nossa vida. A grande questão é saber se você, leitora, eu, Pedro, Paulo, a mãe Joana, seja quem for, leria esse livro com prazer? Valeria a pena, vai valer a pena o livro que estamos escrevendo? Queiramos ou não, estamos todos diariamente diante de uma página em branco. O que escrever nessa página? Depende de nós, de cada um de nós. E sem essa de que estou travado, estou impossibilitado de escrever a página dos meus sonhos... Sem essa. A pessoa pode estar com os pés e as mãos amarradas, pode estar na pior das cadeias ou dos problemas, mesmo assim é livre para escrever o que bem entende, afinal, sabemos, felicidade é uma vivência puramente interior. Quando nossa felicidade independe de nossa vontade e lutas, deu, foi-se o boi com a corda. Felicidade é coisa interna, só nossa, e aqui está o grande diacho para a maioria, como depender só de mim para ser feliz? Tudo bem, não estamos presos a nada, estamos livres, então, o que escrever hoje na página em branco do nosso diário da vida? Aliás, dizendo o que digo, lembro-me de Mário Quintana, o poeta gaúcho. De uma feita, Mário contou que foi questionado por uma leitora, ela perguntou a ele: - “Mas o que quer dizer este poema? Ela não entendera o poema. – “E o que quer dizer uma nuvem”? – respondeu Mário, perspicaz. Uma nuvem, disse ela, umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...!” Mesma coisa em nossas vidas. As “nuvens” podem ser isto ou aquilo, nós é que vamos decidir. Mas os abobados da vida só veem nuvens como sinônimo de “sem sol” ou então como “chuva”. E é desse modo que vamos escrevendo o livro da nossa vida, como a nossa cara. Mas que fique muito claro, diante da página em branco do nosso hoje o que vamos “escrever” depende de nós, não esquecer que a página está em branco. – Ah, é bom também não esquecer, é facílimo fazer-se de vítima diante da pobrezinha página em branco. Ou das nuvens passageiras...
Chulé
Um sujeito precisa ter chulé na cabeça para deixar a família para trás, fazer as malas e ir lá paras aos cafundós pescar e caçar. Vale dizer, divertir-se estupidamente com o sacrifício da vida de bichos indefesos. E se a viagem der errada? Será que a culpa foi dos bichos que não foram ”assassinados”? Os sensatos das famílias têm que puxar as rédeas dos tapados...
Casados
Exemplo. Exemplo de um fato. O cara é casado, saiu à noite para se divertir com “amigos”. Ai da mulher dele se fizesse parecido... Pois é, mas o cara saiu, encheu a cara, esteve com mulheres e mais tarde ainda entrou numa enrascada pior. A mulher ficou sabendo de tudo e acabou na hora com o casamento. E ela é que está sendo criticada. Sociedade safada, dos parecidos...
Falta Dizer
Será que a fila dos transplantes está andando para os pobres, para os que não têm padrinhos nem favoritismos na fila dos anônimos? Será que não há por aí nenhum ricaço furando essas filas e com o sorriso complacente de muitos “doutores” e “padrinhos” da alta cúpula...? Que isso jamais fique provado, em caso contrário, ferro, ferro pesado...
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