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Moradores de Rua: O que fazer?

Cresce o número de pessoas em situação de rua em Joinville

reprodução internet


A situação dos moradores de rua em Joinville tem se agravado nos últimos meses, gerando indignação por parte da população. A crise social, que antes era mais evidente em algumas áreas da cidade, agora se espalha por todos os bairros, de norte a sul. Diante desse cenário, o vereador Wilian Tonezi propôs a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as causas desse aumento e a atuação do Instituto AMINC, Ong responsável pela administração dos restaurantes populares e pela abordagem de pessoas em situação de rua. Entretanto, a proposta recebeu apenas três assinaturas na Câmara de Vereadores, insuficientes para sua instauração.


Reação popular e respostas do legislativo


O problema chamou atenção inicialmente no bairro Bucarein, mas hoje já é observado por toda a cidade. Grupos de comerciantes organizaram abaixo-assinados e tentam dialogar com vereadores, mas enfrentam dificuldades para avançar com suas reivindicações.


Apesar da tentativa de instaurar a CPI, o prefeito Adriano Silva (Novo), que detém ampla maioria na Câmara, conseguiu barrar a iniciativa com facilidade. Além do próprio proponente, apenas os vereadores Cleiton Profeta e Instrutor Lucas assinaram o pedido. O vereador Brandel, também do PL, optou por seguir alinhado com a administração municipal e não apoiou a proposta.


Diante da pressão popular, uma comissão especial foi criada. No entanto, essa comissão não terá os mesmos poderes investigativos de uma CPI, limitando-se a discutir e analisar a questão nos moldes das comissões permanentes da Câmara. Para ampliar o debate, uma audiência pública será realizada na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, envolvendo representantes de outras cidades catarinenses que também enfrentam esse problema, como Blumenau, Florianópolis e Balneário Camboriú.


Violência e criminalidade crescem nas ruas



Enquanto o impasse político se mantém, a criminalidade associada à população em situação de rua cresce. Nos últimos meses, dois moradores de rua foram esfaqueados no centro da cidade, resultando na morte de um deles em plena luz do dia. Além disso, há suspeita de que uma mulher de 22 anos tenha sido estuprada por um homem em situação de rua. Relatos de furtos e venda de drogas se multiplicam em diversos bairros, aumentando a sensação de insegurança da população.


A Ong AMINC afirma atuar com um modelo de abordagem compreensiva, especialmente no suporte a pessoas com dependência química. Contudo, o aumento expressivo de pessoas vivendo nas ruas levanta questionamentos sobre a real eficácia desse trabalho e o destino dos milhões de reais investidos pela prefeitura na entidade.


Expectativa por medidas concretas


A população de Joinville aguarda ações mais efetivas por parte do poder público para resolver a situação. Enquanto o debate político segue, comerciantes e moradores cobram respostas e medidas que possam garantir segurança e dignidade tanto para quem vive nas ruas quanto para a comunidade como um todo.

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