Jovem autista impedido de assistir show
- Redação
- 31 de mar.
- 2 min de leitura
Rapaz foi proibido de entrar na Sociedade Vera Cruz em Joinville

arquivo pessoal
Um caso de suposta discriminação em Joinville gerou indignação nas redes sociais. Lucas Amaral Ferreira, um jovem autista de 25 anos, foi impedido de entrar em um show da banda Corpo e Alma, realizado na Sociedade Esportiva e Recreativa Vera Cruz, na última sexta-feira (28). Segundo a família, a recusa ocorreu devido à condição do jovem.
A mãe de Lucas, Elisangela, relatou que estavam no local para adquirir ingressos quando foram informados pela equipe de segurança que o jovem não poderia acessar o evento. De acordo com o advogado da família, a restrição teria sido uma determinação do proprietário do estabelecimento.
A situação gerou comoção entre os presentes. Um integrante da banda Corpo e Alma, que também se identificou como autista, tentou interceder a favor de Lucas, mas sem sucesso. Abalado, o jovem teve crises de ansiedade e chorou após o episódio. Segundo a advogada Steffani Cecyn, que representa a família, ele demonstrou receio de enfrentar situações semelhantes no futuro e até cogitou não usar mais seu crachá de identificação como autista.
Diante da repercussão, os músicos da banda gravaram um vídeo de apoio para Lucas, incentivando-o a não se abalar com o ocorrido. Ao assistir à gravação, o jovem se emocionou novamente.

Medidas legais e posicionamentos
Os advogados que acompanham o caso afirmaram que tomarão providências jurídicas nas esferas criminal, administrativa e cível para assegurar os direitos do jovem.
Em resposta às acusações, a Sociedade Esportiva e Recreativa Vera Cruz divulgou uma nota oficial negando qualquer ato de discriminação. A entidade afirmou que há 70 anos se compromete com a inclusão social e a diversidade em Joinville e repudiou o que chamou de "narrativas de ódio e discriminação". Além disso, declarou estar à disposição das autoridades para esclarecer os fatos.
A Apiscae (Centro de Atendimento Especializado para Pessoas com Deficiência Intelectual), instituição que atende Lucas, também se manifestou, classificando o episódio como "inaceitável" e uma violação do direito à inclusão. A organização exigiu explicações e medidas para evitar que situações como essa se repitam.
Veja a mensagem da banda Corpo e Alma abaixo
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