Tome Nota com Enio Alexandre
Torcida tricolor empurrando o JEC no Maracanã
O Joinville Esporte Clube, dono de uma das maiores torcidas de Santa Catarina, vive uma fase de amargura desde 2015. A queda do céu à terra foi rápida e dolorosa. O que era um clube de Série A, vibrando entre os gigantes, agora amarga três temporadas sem divisão, culminando em uma participação melancólica na Copa Santa Catarina, onde não conseguiu sequer uma vitória. A frustração foi tal que o time, tristemente, conseguiu a proeza de somar apenas 5 pontos dos 21 possíveis em uma competição de nível técnico sofrível.
Foram cinco empates e duas derrotas – uma performance que acende a dúvida em muitos torcedores: como uma cidade tão rica quanto Joinville não consegue atrair o investimento necessário para salvar seu principal time de futebol? A resposta está no descrédito. Os empresários, outrora parceiros do clube, agora hesitam. Afinal, quem investe onde não há esperança?
O JEC precisa urgentemente de uma mobilização. Sem uma ação forte e imediata, o clube corre o risco de perder o que ainda lhe resta: sua torcida. Embora seja jovem, com 47 anos de história, a torcida tricolor sempre se orgulhou de ver o JEC no topo. Contudo, a torcida envelhece. Aqueles que se acostumaram a ver o Joinville como um gigante em Santa Catarina estão, pouco a pouco, partindo, e os jovens torcedores, que deveriam carregar essa paixão adiante, parecem cada vez mais distantes.
Recuperar a confiança dos empresários e trazer de volta os torcedores jovens é essencial. O calendário para 2025 traz a esperança de um ano cheio, com a Série D à vista. Mas o JEC não pode continuar fazendo campanhas medíocres e decepcionando seus torcedores. A recente eliminação da Copa Santa Catarina, com derrotas humilhantes, especialmente em casa, como contra o Hercílio Luz, deixa claro que o clube e sua torcida merecem muito mais.
Se nada for feito, o destino do JEC será cada vez mais sombrio. E o maior patrimônio de qualquer clube, sua torcida, pode, em breve, se desfazer. É hora de ação, de união e de acreditar que o Joinville pode voltar a ser o orgulho da cidade e do estado.
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