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Esporte de Joinville pobre de dirigentes


Engelberto Muller foi presidente de dois clubes da zona norte de Joinville

Foto: arquivo RDB


Olho pelo retrovisor sobre os últimos acontecimentos no esporte de Joinville e chego à conclusão, tirando a parte política e os cargos comissionados, que a maior cidade do estado de Santa Catarina deixou de contar com dirigentes de peso e que tinham as melhores ações para as diversas categorias.

Os atletas de outras épocas poderiam ficar tranquilos. Cada um treinava e colocava seu potencial em jogo nas diferentes modalidades, e sabiam que estavam amparados por dirigentes que não deixavam faltar nada para as equipes levar o escudo da cidade e de seus clubes nas diferentes competições.

A Liga Joinvilense de Futebol abriu importante espaço com a administração de José Elias Giuliari, que depois foi comandar a Federação Catarinense. Nos clubes, o Guarany tinha o comando do administrador Cláudio Costa, depois requisitado quando o JEC deu seus primeiros passos.

As recreativas de empresas sempre trouxeram nomes em potencial para seus comandos. A Tigre, por exemplo, colocava em prática um rodízio entre os gerentes da empresa, destacando-se Irineu Lauro Spat. A Tupy conseguiu, a partir da segunda parte dos anos 1970, uma presença cada vez maior nas competições citadinas e também sesianas estaduais e sul-brasileiras com a atuação de Liberato Marinelli.

E nos clubes sociais, um dos destaques foi a presença de Engelberto Muller, que foi presidente do Estrela da Vila Baumer e do Operário da rua Benjamin Constant.

Nos dias atuais, são poucos os exemplos desta área. Os únicos que encontro para indicar são os administradores de tradicionais clubes do futebol da cidade, os centenários América e Caxias, respectivamente, com seus presidentes João Barbosa, no Galo, e Norberto Gottschalk, no Gualicho. E quem mais poderia ser apontado como destaque entre os dirigentes, sem que tenham utilizado deste mecanismo para chegar a algum cargo público.


Casali foi indicado pelos clubes


A indicação mais democrática para o principal cargo do esporte de Joinville, na época Fundação de Esportes e agora Sesporte, na segunda gestão do prefeito Wittich Freitag, de 1993 a 1996, foi através da escolha dos principais dirigentes de clubes da cidade. O indicado para o cargo foi Sílvio Paulo Casali, que tinha passado para a reserva do Exército.

Casali recebeu o voto de confiança dos dirigentes por ter sido atleta (campeão catarinense no futebol de salão do Guarany, em 1963) e pela atuação no Exército. No exercício do cargo, conseguiu corresponder às expectativas, sempre ressaltando que as metas dependiam dos recursos liberados pelo prefeito. Casali foi o último presidente da FME, depois Felej e agora Sesporte, que garantiu para Joinville o troféu geral dos Jogos Abertos de Santa Catarina.




E quem teria coragem de empreender


Junto com comandantes capazes, o esporte de Joinville precisa de projetos para alcançar metas para oferecer as futuras gerações. Assim como no plano viário, que não teve nos últimos 15 anos nenhuma proposta efetiva para ampliar o traçado da mobilidade de norte a sul e de leste a oeste, nossos alcaides se esquivam de apresentar projetos para modernizar o equipamento esportivo.

As praças de esportes utilizadas na atualidade são as mesmas de quase três décadas, fora as perdas, como o Ginásio Ivan Rodrigues, que foi apodrecendo e desatualizado, além do desaparecimento do Centro Esportivo do Sesi, com a Fiesc agora apostando todas as fichas na revitalização do antigo prédio do Moinho e trocando as quadras de esportes pelo incentivo ao esporte náutico. E a massa operária joinvilense sem ter a remuneração para acompanhar tanta modernidade.




Areninha ou ginásios nos bairros


O projeto do SEST (Serviço Social do Transporte) e SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), colocando em prática um ginásio de esportes de médio porte, é o mais viável para as necessidades do esporte de Joinville. Nada de luxo e sim de praticidade para resolver de imediato as carências de quadras com dimensões que as regras atuais exigem para o futsal e também o esquecido handebol.

A Areninha, que tem projeto aprovado desde 2008 e que depois de uma década precisaria de algumas adequações diante da realidade atual, seria uma proposta bem mais arrojada. Tudo ao seu devido tempo, mas que saia do papel e esteja em condições de uso o mais rápido possível. É que as nossas casas atuais do esporte estão cada vez mais podres e o esporte cada vez mais pobre.




Atletismo campeão com pista ultrapassada


Os trabalhos exaustivos em passado recente dos professores Nakashi e Sérgio Barreto de Sá e na atualidade dos treinadores Margit Weise, Alceu Cavalett, João Carlos dos Santos, Flávio Pscheidt, o atletismo de Joinville sempre conseguiu superar as dificuldades para conseguir expressivos resultados e chegar a grandes conquistas.

O que não consegue é ter as condições apropriadas para competir em igualdade de condições com equipes de outras cidades, que possuem pista com piso sintético. A Joinville vencedora no atletismo é também a mais desprestigiada por estar perdendo para cidades de menor porte e que saltam na frente com este equipamento de qualidade.

Faça chuva ou sol, lá estão os bravos atletas de Joinville para treinar. A cidade tem um dos maiores percentuais de participação em competições nacionais e também internacionais em relação a outras equipes catarinenses. O prêmio para atletas e treinadores será num futuro ter este importante equipamento, uma pista sintética.

No aspecto de patrocínio, a construtora Rôgga tem dado toda atenção e apoio para os atletas e seus orientadores participarem constantemente com o uniforme da Corville em diferentes competições.



LETRINHAS DO RDB

Roberto Dias Borba

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