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Câmara aprovará CPI da Águas de Joinville?

Tome Nota com Enio Alexandre



Na Câmara de Vereadores de Joinville, a atmosfera política está carregada com a controversa proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da Companhia Águas de Joinville. O vereador Cleiton Profeta, membro do Partido Liberal (PL), alegou que a prefeitura está manobrando nos bastidores para obstruir qualquer tentativa de criar a CPI, o que lança luz sobre a relação entre os poderes legislativo e executivo na cidade.


Pelo menos cinco vereadores da oposição - Cleiton Profeta, Wilian Tonezi, Cláudio Aragão, Cassiano Ucker e Nado - estão liderando a iniciativa de abrir essa investigação. Eles argumentam que há várias questões cruciais que merecem uma análise minuciosa. Entre os pontos levantados, destaca-se a construção da nova sede milionária alugada pela Companhia Águas de Joinville na rua Tijucas, que suscitou questionamentos sobre a gestão de recursos públicos.


Além disso, os vereadores apontam a demora no início das obras da Estação de Tratamento de Esgoto do Vila Nova, que já deveria estar em operação, e a falta de um projeto claro para a Estação de Tratamento de Água de Zona Sul. A notícia de que as obras da adutora foram iniciadas, mas a estação não possui sequer licença ambiental, levantou suspeitas sobre a adequada elaboração dos planos de infraestrutura.


Cleiton Profeta ressalta que os pedidos de informação feitos à Companhia Águas de Joinville são respondidos de forma superficial, o que gera desconfiança dos parlamentares. Para eles, a criação da CPI é uma oportunidade para entender com precisão o que está ocorrendo nos bastidores da administração da companhia.


No entanto, a batalha pela criação da CPI enfrenta desafios. Profeta acusa o poder executivo de manter um controle rígido sobre sua base de apoio na Câmara de Vereadores. Uma tática supostamente usada é instruir os vereadores aliados a ocupar o tempo das sessões com discussões prolongadas, mesmo com temas de menor relevância, impedindo que os defensores da CPI apresentem seus argumentos de maneira eficaz.


Surpreendentemente, a lealdade partidária não parece ser o único fator em jogo. Mesmo vereadores de partidos que teoricamente seriam oposição, como Adilson Girardi e Henrique Deckmann do MDB, têm se abstido de votar contra as propostas do governo. A mesma tendência se observa com Lucas Souza (PDT), que inicialmente fazia parte da oposição, mas agora se tornou um dos principais aliados do prefeito na Câmara de Vereadores.


A realidade é que o prefeito Adriano Silva exerce uma influência significativa sobre as votações na casa legislativa de Joinville e qualquer iniciativa que não atenda os interesses da atual gestão é rapidamente sufocada, antes mesmo de a discussão ser aprofundada.




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