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Foto do escritorLuiz Carlos Prates

Comida sem sal

Luiz Carlos Prates



Vou falar da vida, mas antes preciso dar umas voltas em torno da mesa. Que mesa? A das nossas refeições. É que fico com muita pena das pessoas que não podem comer comidas temperadas, sem sal, por exemplo. Já nem falo em pimenta ou vinagre sobre as saladas, comidas sem temperos, insossas, enfim. E isso tanto por iniciativa da própria pessoa quanto por determinações do médico. Horror, uma comida insípida. Sem o saleiro ao lado me sinto um desamparado da vida, ah, claro, e também sem o açucareiro aberto nos momentos dos cafés, bah, nem pensar! Saiamos da mesa e entremos na vida. E uma vida sem temperos, sem temperos emocionais? Como viver sem “temperos”, sem algo que nos faça salivar de prazer na vida, algo muito nosso? Como viver sem um “sabor” picante? Penso que essa é grande questão da vida atual, tão moderna no falar, tão moderna nas novidades, nas tecnologias, mas absolutamente pobre no que se vê pelas esquinas e cafés das almas. As redes sociais nos mostram pessoas vazias, ou você acha que alguém “ocupado”, com uma cabeça arejada vai andar por aí postando piadas sem graça, fazendo exibicionismos infantis ou dancinhas de pátio de hospício? Fazem isso os sem “temperos”. Quando temos temperos em nossa vida, a vida fica mais leve, sem suspiros nem sentimentos de vazios. E de quem é a culpa por nossa vida sem temperos? Nossa, de ninguém mais. Paremos com as desculpas, com o vitimismo de que a culpa é dela, dele, do chefe, do fulano, da beltrana. Coisa nenhuma, nossos vazios são nossos, nossa vida sem temperos é de nossa lavra e de ninguém mais. Essas pessoas tolas que andam por aí se postando de todos os modos nos ridículos da internet são pessoas vazias e sem “temperos”, enganam-se infantilmente pensando que se divertem e que acharam uma valiosa distração na vida, coitadas. Nosso “tempero”, o que nos dá ou nos vai dar gosto na vida tem que vir de nós em algo que se funde num propósito, em algo tão nosso que ninguém nem o tempo nos possam tirar. Muito simples, todavia, poucos são os que veem a mosca do aborrecimento pousada sobre seus narizes. Com um bom “tempero” a mosca iria voar para longe...


Conselho

Um conselho milenar diz que: – “Tenha coragem de soltar as amarras de tudo que a prenda e sufoca”. Um conselho para as mulheres. Baita perda de tempo. Será que alguém precisa passar esse conselho quando o cara que vive ao lado da mulher a manda calar a boca, faz ameaças ou mesmo lhe dá tapas? Esperar milagres de canalhas, covardes e broxas é muita ingenuidade ou, então, sórdidos interesses, o que é pior. Cair fora, já!



Vida

Já foi dito que nossa existência na Terra é um livro que estamos escrevendo. Cada dia é uma página. E agora? Estamos escrevendo o quê? Um drama, uma comédia, uma história sem sal? Esse livro não pode ter ghost-writer, ninguém o pode escrever por nós. O diacho é que vivemos jogando para lá e então nossos dias melhores. Quando eu isso, quando eu aquilo... E o livro não tem rumo. É assim? Vai para o sebo, direto.



Falta Dizer

O pessoal da Organização Mundial da Saúde é bem intencionado, mas perde tempo. Eles estão, outra vez, mandando dizer para o mundo que – “Vacinar é a melhor defesa”. Falam de vacinas contra inúmeras moléstias possivelmente fatais, como as provocadas pelo Covid. Infelizmente, os entupidos dizem que vacinas matam. Ignorância também mata!

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