Acusação dura contra Bruno Henrique
- Redação
- 16 de abr.
- 2 min de leitura
Polícia Federal indicia Bruno Henrique, do Flamengo, por fraude em jogo

foto: CRF
A Polícia Federal formalizou a acusação contra o jogador do Flamengo, apontado por forçar cartões amarelos com o objetivo de beneficiar apostadores. Bruno Henrique está no centro da polêmica após a confirmação de uma denúncia da Polícia Federal contra ele por manipular cartões em uma partida para favorecer apostadores — caso que também envolve três parentes do jogador.
Tudo começou com um cartão amarelo que o atleta recebeu durante a derrota do Flamengo para o Santos, em 2023, quando cometeu uma infração incomum já nos acréscimos. A falta foi seguida por uma reclamação efusiva ao árbitro, o que resultou em sua expulsão.
Operadores de três casas de apostas relataram movimentações suspeitas relacionadas à sua atuação. A investigação começou em agosto de 2024, quando foi identificado que, em um dos sites, 98% das apostas relacionadas a cartões estavam direcionadas a Bruno Henrique, enquanto outro site registrou 95%. Números considerados anormais, especialmente por se tratar de um atacante sem histórico recorrente de punições disciplinares.
Além de Bruno Henrique, também foram denunciados:

Wander Nunes Pinto Júnior (irmão do jogador),
Ludymilla Araújo Lima (esposa de Wander e cunhada de Bruno),
Poliana Ester Nunes Cardoso (prima do jogador),
e um grupo de seis pessoas próximas a Wander.
Tanto Bruno Henrique quanto Wander foram acusados de violar o artigo 200 da Lei Geral do Esporte do Brasil, que prevê pena de dois a seis anos de prisão, além de enfrentarem uma acusação de fraude, pela qual podem pegar de um a cinco anos de reclusão. Os demais envolvidos foram denunciados apenas por fraude.
O relatório inclui capturas de conversas por WhatsApp entre Bruno Henrique e seu irmão, nas quais o jogador antecipa que tomaria um cartão amarelo contra o Santos, incentivando apostas no jogo.
Inicialmente, o caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva em agosto de 2024, mas foi arquivado por considerar que não havia provas suficientes para abrir investigação, e a promotoria entendeu que não havia ganho financeiro direto para o jogador.
Durante todo esse processo, Bruno Henrique foi visitado por agentes da polícia — inclusive no centro de treinamento do Flamengo — e teve seu celular apreendido. Após conquistar a Copa do Brasil 2024, ele se manifestou sobre a situação e negou qualquer envolvimento:
“Minha vida e minha trajetória, desde que comecei a jogar futebol, nunca foram fáceis. Mas Deus sempre esteve comigo. Estou tranquilo diante disso, assim como meus advogados, empresários e as pessoas que estão nessa batalha comigo. Peço que seja feita justiça.”
Comunicado do Clube de Regatas do Flamengo
O clube carioca se manifestou rapidamente sobre o escândalo envolvendo seu jogador:
“O Flamengo não foi oficialmente notificado por nenhuma autoridade pública sobre os fatos que foram reportados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique.”
“O clube está comprometido com o cumprimento das regras do jogo limpo no esporte, mas também defende a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e do devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa — valores que sustentam o Estado Democrático de Direito”, afirmou a instituição do Rio de Janeiro.

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