Luiz Carlos Prates
Faz tempo que viro páginas de livros a procurar por novidades, por bizarrices, por loucuras, fracassos e sucessos humanos. Aliás, não fiz Psicologia para ganhar dinheiro, mas para colocar uma aliança entre mim e ela. Vivo a Psicologia. E tenho notado, por estudos e observações, que os ricos de cabeça equilibrada você nem fica sabendo que são ricos, são pessoas discretas, não fazem bafo de suas riquezas. Já a maioria dos ricos de araque que anda por aí, ainda que podres de ricos, não se seguram, vivem querendo aparecer, vestindo-se de modo bizarro, dizendo bobagens, pintando e bordando para aparecer, isso quando não patrocinam alguma coisa na imprensa para serem sempre bem falados e nunca criticados... Coitados. E digo isso, leitora, pensando em tantos e tantos “ricos” que andam por aí mortos-vivos. Sem falar nos viciados, nos mal-amados, nos fracassados existenciais, posto que ricos no saldo bancário. O rico feliz é discreto. Mas é preciso que fique claro que há dois tipos básicos de riqueza, a riqueza do saldo bancário e a riqueza existencial, a que nasce na cabeça da pessoa pela sabedoria de que o que produz felicidade não está na conta do banco. Poucos, infelizmente, pensam e vivem assim. Dia destes, li com detalhes sobre a morte de um ator famoso. Sujeito jovem, um “gurizão”, 54 anos, imagine, mas... Absurdamente infeliz. Suicidou-se e deixou uma fortuna, dinheiro para várias gerações, ele sem filhos... Do que lhe adiantou todo aquele dinheiro? Já disse aqui que precisamos de muito pouco na vida, precisamos só do que de fato precisamos. Numa sociedade, louca, ensandecida pelo “parecer ser”, não ter dinheiro é um viver no escuro, sem plateia nem felicidade. Maioria pensa assim. Dia destes, novamente, falei entre amigos que o melhor churrasco é o churrasco da laje, aquele da cervejinha estupidamente gelada, da música “roncando” num canto e das pessoas simples falando de modo simples e rindo por muito pouco. Muitos me olham com desdém quando digo isso... Os ricos bobões, maioria escandalosa dos que conheço, são bobões da vida, vivem pelo dinheiro, mas o dinheiro não os vai salvar do ponto final e antes disso não lhes vai dar o passaporte para a felicidade. Vivem pelos arrotos, coitados.
Baile
Fim de tarde, fui para o chimarrão e “click”, tevê ligada no programa Cidade Alerta, da Record. De repente, surge a notícia do desaparecimento de uma garota, 12 anos. O que houve? Mistério. A garota saiu com uma amiga, 14 anos. Foram a um baile funk. Como que uma “criança” de 12 anos vai a baile funk, sem pai nem mãe? Não me peçam para definir baile funk, vou ser censurado pela ONU, safados, pais de cio, irresponsáveis!
Famílias
Os filhos moram debaixo do mesmo teto dos pais? Têm que ser obedientes aos pais em tudo, ou então serão órfãos de pais vivos, que é o que acontece hoje. A maioria, maioria, eu disse, dos pais são pais de cio, não batem na mesa, não disciplinam os filhos e os filhos fazem o que querem, saem batendo a porta. Disciplina dura e pais dando as ordens e os filhos na obediência. Tem que ser assim. Ué, gente!
Falta Dizer
Não é momento de viver em ilusões de contos de fadas. Estás aposentado e com um dinheiro bem garantido? Então, podes pensar em morar em Florianópolis, é a cidade típica para os aposentados. Fora disso, vai ser um sacrifício arrumar um “empreguinho” ou coisa parecida. Quem avisa... O mais é “publicidade”.
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