Joinville campeão catarinense de 1978 com Raul Bosse, Jorge Luis, Balduíno, Fontan e Lico
foto: Revista Placar
Desde 2001, o torcedor do Joinville vive um misto de saudade e frustração. São 23 anos sem conquistar o Campeonato Catarinense, uma espera que, a cada temporada, parece um pouco mais longa. O último título estadual veio com o bicampeonato de 2001, no início do século, quando o tricolor ainda ostentava a aura de um gigante regional.
É verdade que houve aquele campeonato em 2015, onde o JEC foi campeão no campo, com o então presidente da Federação, Delfim Peixoto, entregando a taça na Arena Joinville. Mas a alegria foi arrancada nos bastidores, numa decisão polêmica que deu o título ao Figueirense no famoso "tapetão". O caso, envolvendo a suposta irregularidade de um jogador que sequer entrou em campo, permanece como uma ferida aberta, sem explicações convincentes até hoje.
De lá pra cá, enquanto rivais como Figueirense (18 títulos), Avaí (18 títulos) e até o Criciúma (12 títulos) seguem somando conquistas, o Joinville assiste de longe, acumulando decepções. Nem mesmo o consolo do histórico título da Série B em 2014 aliviou a crescente desconfiança da torcida, que vê o clube distante do protagonismo de outros tempos.
Em 2025, o cenário segue desafiador. O presidente do clube Darthanham Oliveira reforça que o foco é o acesso na Série D, um objetivo modesto, mas essencial para recolocar o clube nos trilhos. A campanha decepcionante na Copinha foi um revés, mas não abala a esperança de dias melhores.
O Joinville é um gigante que parece ter se perdido no tempo. Mas gigantes, mesmo adormecidos, nunca deixam de ser gigantes. O torcedor tricolor sabe disso e espera, pacientemente, pelo dia em que o JEC voltará a erguer uma taça e devolver ao seu povo o orgulho de ser tricolor. Que o acesso seja o primeiro passo para o ressurgimento deste ícone do futebol catarinense.
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